Esteja Informado Sobre a Desinformação

Só doido mesmo pra entender como as coisas podem ter chegado ao ponto em que chegaram. As informações que nos chegam sem parar por todas as mídias estão, pelo menos grande parte delas, totalmente distorcidas da realidade. Parece que o mundo endoidou de vez, visto que apesar da reação de uma parte da sociedade, outra grande parte parece aceitar isso normalmente.

Pois temos visto esta situação repetidamente, todos os dias, diante de nós, e imagino que muitos irão concordar comigo. Esta é uma situação mundial, mas, no nosso caso, aqui no Brasil, com o acirramento da atual guerra político-ideológica e a pouco menos de 3 meses das eleições, este fenômeno está atingindo níveis realmente alarmantes.

A guerra política ganhou contornos de guerra informacional e o bombardeio é constante, de todos os lados. Porém, como todos temos assistido nestes últimos 3 anos, a mídia convencional está de ponta cabeça, descaradamente invertendo situações e vendendo ideias que se referem a uma realidade diferente da verdadeira realidade que vemos fora das telinhas. E, na arena política aqui das terras Tupiniquins, neste ano de eleições, este fenômeno está ultrapassando todos os limites do razoável.

O que está por trás deste tipo de comportamento é a chamada “campanha de desinformação”, com a qual são lançadas as tão faladas “narrativas” usadas para influenciar o pensamento das pessoas, e normalmente com altas taxas de sucesso, pois quem está por trás destas campanhas são sempre pessoas ou grupos muito poderosos, que sabem o que fazem.

Após lançadas as ideias, elas próprias geram suas sementes e se espalham sozinhas através daqueles que “compram” a ideia e entram na correnteza, entre estes e principalmente os próprios profissionais da mídia, mesmo que às vezes na maior ingenuidade, sem sequer desconfiar que estão sendo usados como um instrumento. E não há absolutamente nada de “acaso” ou “fenômeno espontâneo” nessa enxurrada de notícias sem base em fatos ou distorcendo os fatos, este processo é cuidadosamente planejado para atingir determinados objetivos.

Nossa vida diária, a de cada um de nós, no vai e vem das correrias do dia a dia, é intensamente influenciada por estas campanhas, por mais que não nos demos conta disso. Repare neste gráfico abaixo:

Quando assistimos a acontecimentos pelo mundo afora, que nada tem a ver com nossa vida diária, acreditamos que não tem reflexo algum para nós, pois está longe, às vezes do outro lado do mundo, é outra realidade, outro país. Mas, esteja ciente de uma coisa:

Tudo o que acontece aqui:

Afeta direta ou indiretamente aqui:

Tudo está intrinsecamente conectado, não importa se você vive nos Estados Unidos, no Cazaquistão ou em Pomerode. Isso porque, apesar de o mundo ser politicamente dividido, ele é dirigido por um grupo econômico dominante, que dita as regras, e todos nós as seguimos, sem saber. Por isso, os efeitos da informação geram reflexos e consequências em todos os níveis da organização social, sejam eles bons ou ruins.

Em um país, as notícias que chegam de fora influenciam e de alguma forma moldam os acontecimentos internos, pois um país é feito de – pessoas. Em uma pequena cidade as influências da informação externa igualmente afetam seu dia a dia, pois seus dirigentes tomam suas decisões de acordo com suas tendências e convicções, que são por sua vez influenciadas pela correnteza que envolve as instâncias maiores.

Dessa forma, nossa vida diária em nossa casa, em nosso trabalho, é conduzida pelas tendências e comandos que nos chegam de todos os lugares, nos âmbitos local, nacional e internacional. E uma vez sendo a informação controlada desde os níveis superiores, todos os demais níveis abaixo simplesmente seguem a mesma linha, fazendo com que todos acabem pensando da mesma forma sobre determinados assuntos, “ou mesmo passem a pensar no que nunca estariam pensando se não houvesse a sugestão para isso.”

Pense por um momento no quanto a ideologia de gênero tomou conta de todos os aspectos da comunicação e comportamento atuais, e como isso está influenciando as relações interpessoais da sociedade, que tudo isso que estou apresentando fará muito sentido. Este é só um exemplo dentre muitos outros.

Assim diz no primeiro capítulo, chamado de Organizando o Caos, do livro “Propaganda”, de Edward Bernays, lançado em 1928:

“A manipulação consciente e inteligente dos hábitos e opiniões das massas, de forma organizada, é um importante elemento na sociedade democrática. Aqueles que manipulam este mecanismo imperceptível da sociedade constituem um governo invisível que é o verdadeiro poder que governa nosso país (os EUA).

Nós somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos formados e nossas ideias sugeridas amplamente por homens dos quais nunca ouvimos falar. Este é um resultado lógico da maneira como nossa sociedade democrática está organizada. Números imensos de seres humanos devem cooperar desta forma se eles devem conviver como uma sociedade que funcione apropriadamente.”

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Existe então um grande aparato montado para tornar isso possível, há muitas décadas. As informações sobre determinadas notícias são controladas para que todos os canais sigam o mesmo roteiro, e isso é possível porque os principais canais de notícias do mundo, como por exemplo a Reuters, a BBC e a CNN, que fazem a distribuição das manchetes para todos os demais jornais regionais pelos países, representam e são controlados por um mesmo grupo econômico e seguem, portanto, as mesmas diretrizes.

Os canais regionais de notícias não tem um correspondente em cada país do mundo, e se servem, portanto, destes “distribuidores de notícias”, e são fortemente influenciados pelo poder econômico dominante para seguir o mesmo roteiro, caso contrário podem sofrer retaliações e isso significa perda de influência, de poder e, acima de tudo, de lucros. Assim, quase que como se fosse por chantagem, o sistema funciona perfeitamente a favor da elite superior.

Embora a propaganda já exista desde que existe a humanidade, já sendo usada desde o início para influenciar as pessoas, foi na década de 1940 que passou a se tornar um fenômeno mundial hegemônico, quando a CIA (Central Intelligence Agency, dos EUA) lançou seu programa Operation Mockingbird, uma operação clandestina que envolveu o suborno de centenas de jornalistas para que publicassem notícias falsas a pedido da agência. O contexto histórico da época era a Segunda Guerra Mundial e a subsequente Guerra Fria, quando o governo americano tomou para si o controle das narrativas para influenciar o mundo a pensar o que eles queriam que pensasse.

Segundo relatórios, a CIA investiu cerca de 1 bilhão de dólares por ano (próximo de um terço do total de seu orçamento) neste empreendimento. Este fato por si só já dá uma ideia do nível de prioridade da operação. Inicialmente, recrutaram jornalistas dos principais jornais americanos, como CBS News, Time, Life, Newsweek, e o The New York Times, apenas para citar alguns. Posteriormente, estendeu este arranjo para outros países, até mesmo países de outros idiomas que não o inglês.

Hollywood tem também um papel muito especial neste contexto, porque através das emoções provocadas pelos filmes, vão inserindo suas ideias subliminarmente, mas, principalmente, porque sempre pintam os americanos como os grandes heróis do mundo, e nisso sequer disfarçam.

Este processo, que se iniciou em 1948, só cresceu e se espalhou, e se tornou hoje um complexo gigantesco que controla tudo o que lemos e o que assistimos. Com a evolução da tecnologia e o surgimento das atuais Big Techs – Facebook, Google, Youtube, Twitter, etc., o espectro desse poder se ampliou exponencialmente, fazendo com que tudo o que aparece na tela de nosso celular, por exemplo, esteja de alguma forma em concordância com suas diretrizes, o que atualmente já é inclusive gerenciado por inteligência artificial (IA).

Tradução: “Saberemos que nosso programa de desinformação foi completado quando tudo aquilo que o público americano acredita for falso”. (ALERTA DE SPOILER: Este dia já chegou)

Hoje, além dos apresentadores de jornais robotizados, a própria IA se encarrega de distribuir pelas redes sociais anúncios, vídeos e tudo o mais programados para direcionar as mentes no caminho planejado. Pretendo me aprofundar um pouco mais sobre este assunto em um artigo posterior.

Tudo isso resultou no que vemos acontecer nos dias de hoje, em qualquer parte do mundo. Todos tem a mesma história, seguem as mesmas orientações, e ninguém pode levantar uma voz contra. Nos últimos dois anos, os termos “teoria da conspiração” e “teórico da conspiração” se tornaram os termos padrões para definir qualquer coisa ou qualquer um que não concorde com qualquer história bizarra que a mídia afirme como fato. Porém, o próprio termo em si foi cunhado na época pela CIA como uma estratégia para silenciar opiniões contrárias e a verdade em particular, por conta do evento do assassinato do presidente John Kennedy, em 1963 (qual seria, portanto, a verdade, não é??). Simples assim.

Poucos se dão conta de que ao usar estes termos, estão na verdade caindo presas de um dos métodos mais antigos da propaganda: Quando não há argumentos contra os fatos, apenas ataque quem estiver os apresentando.

Este vídeo fala por si só:

https://www.facebook.com/ge.buss.10/videos/698499821400278

Por isso temos assistido, nestes últimos dois anos e pouco, a tantos casos de banimento nas redes sociais, desmonetização de canais, verdadeiras campanhas contra supostas “fake news”, demissões de jornalistas, atletas, ou qualquer um que ouse dar sua opinião contrária à narrativa imposta.

O ponto mais extremo deste programa foi, e de certa forma ainda é, a guerra informacional sobre a Covid-19, pois nunca antes vimos uma campanha tão forte, tão abrangente e tão escancarademente perceptível como neste período, a ponto de que muitas pessoas que nunca antes pensaram sobre questões como “desinformação”, passaram a perceber que algo parecia errado, e um processo de “despertar” foi impulsionado.

Agora veja bem como são as coisas. No passado, a elite econômica financeira, os dominadores globais, estavam fomentando o capitalismo e suas virtudes, as ideias democráticas da América, e combatendo visceralmente o comunismo – tudo por conta da Guerra Fria: os russos são maus, são feios e tem cara de mamão, aquela coisa toda. Hoje o jogo virou, e o establishment está apoiando e investindo no lado contrário, nas ideias de esquerda, que só ganharam força por consequência da ascensão do capitalismo, que foi sua obra anterior.

A estratégia é e sempre foi apoiar os dois lados, e simplesmente dar mais dinheiro ao lado que querem que se torne dominante em um determinado momento. Assim, eles financiam a propaganda, os votos, as ações, e estão a par de todos os planos de ambos os lados. E o povo fica, desse forma, preso nesse vai e vem entre “esquerda” e “direita” sem fazer a mínima ideia de que ambos estão sob o mesmo controle e que essas vertentes são artificiais, uma “ilusão” criada apenas para dividir. E eles tem dinheiro suficiente e de sobra para deterem o poder de promover estas manipulações.

Então, cara pálida, temos que entender este jogo e ficar espertos. Para os dominadores globais, não importa os ismos – capitalismo, socialismo, comunismo, para eles tanto faz, eles jogam uns contra os outros para se manterem no poder, e assim o fazem historicamente.

Por isso, aqui no nosso quintal, no Brasil, o que vemos hoje? A esquerda dominando as ideias e a mídia, e os que são contrários, sejam considerados de direita ou conservadores, lutando com suas próprias armas e sendo ferozmente combatidos com prisões, cancelamentos, demissões, banimento das redes sociais, e sem o apoio da mídia tradicional, totalmente comprada pelo poder econômico. Antes, as capas da Veja estampavam Lula, o Molusco como bandido, hoje fazem o mesmo com Bolsonaro e promovem o outro lado intensamente. Entendeu o absurdo do negócio? Na verdade, não sei se algum dia existiu uma imprensa verdadeira e genuína, pelo menos não nos canais convencionais mainstream.

Esta mesma situação pode ser verificada quase que igualmente em todos os países cultural e economicamente influenciados pelos Estados Unidos e Europa, salvo alguns aspectos específicos de cada um, por isso existe essa onda vermelha hoje se espalhando pelo mundo, em especial na América Latina, mais vulnerável à influência americana. Na Ásia, embora algumas regras culturais e sociais sejam diferentes do mundo ocidental, ocorre a mesma influência através do poder econômico e subsequentemente informacional, forçando todos os países a jogarem seu jogo.

É por isso, e retomando o argumento inicial, que o que acontece no mundo afeta diretamente sua vida e sua casa. De uma forma ou de outra, somos obrigados a nos ajoelhar e aceitar de cabeça baixa tudo aquilo que este poder controlador nos impõe como verdade e como regra.

Não que isso valha para absolutamente tudo, claro que não. Quando vemos o noticiário local ou nacional, os fatos apresentados são normalmente como estão sendo apresentados, pois estes acontecimentos locais não interessam à elite. Porém, a manipulação é tão forte e a mídia tão influenciada e financiada, que tudo aquilo que se refere a política e à condução da sociedade em nível mundial ou local/regional estará sempre trabalhando para o lado dominante.

Hoje, todo este complexo informacional está voltado a um único objetivo, que é a implementação do Grande Reset. Todas as informações geradas e disseminadas estão induzindo as pessoas a já “irem se acostumando” com o novo normal que virá em breve, se eles conseguirem o que pretendem.

Klaus Schwab, o fundador do Fórum Econômico Mundial, é uma espécie de “porta-voz” do Grande Reset

Como fugir disso?

Não cair nesta armadilha. Uma maneira de evitar é interpretar estes factoides criados como o que eles são de fato: tentativas de nos silenciar. Pergunte a si mesmo de quê você teria consciência se não fosse mantido permanentemente distraído e desviado da realidade dos fatos. Quando você perceber que uma mesma ideia é constantemente repetida em todas as mídias, desconfie, seja mais crítico. Este é um bom começo.

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